O dia 06 de agosto começou com a chegada do restante dos aeronautas no Hotel Apiacás. Saí do café da manhã e percebi a grande algazarra no saguão. "Será que são eles?", pensei? Sim, mas muitos, a maioria, eu não reconheci. Aos poucos fui sendo apresentada assim pelo Léo: "Vocês sabem quem é ela?", claro, ninguém sabia ou podia imaginar. "É a Andreia, filha do André!". E aí ´foi uma festa, pois ele era muito querido no grupo. Durante o almoço, reencontrei um grande amigo dos meus pais, que me conhecia desde que eu nasci e que não via desde criança. O apelido, colocado pelo meu pai quando ele tinha vinte e poucos anos, perdurou pela sua vida afora e é como todos o conhecem: Cebinho. Eu nunca tinha sabido seu nome verdadeiro, e acho que muitos não sabem. Disse a ele que meus pais deveriam tê-lo escolhido para meu padrinho de batismo, pois meu verdadeiro padrinho nunca conheci. Que fosse assim nomeado, então. Com ele estavam, também de Araçatuba, O Cido e o Pacu, filho de outro amigo dos meus pais, com quem devo ter brincado quando criança.
O clima do almoço foi de comemoração, reencontro, muitas histórias. Foi bonito de ver aquele grupo de pessoas, a maioria na faixa dos setenta ou mais relembrando suas "aventuras na selva". Em cada mesa que eu ia, a cada grupo do qual me aproximava ouvia as narrativas, a maioria cheias de perigos e surpresas, "daquela época", como diziam. Eu percorria o espaço, câmera na mão e meu caderno de anotações, ansiosa por registrar os contatos de todos. Nem como direito, pelo calor e também pela ansiedade. Minha impressão é de que eu parecia também fazer parte daquele grupo, que embora tenha partilhado apenas uma pequena fração das suas vidas no Pará, me sentia "em casa".
O Cido, à esquerda, que não reencontrava desde criança.
Léo, o anfitrião e idealizador do encontro e seu filho Hélio, hoje piloto comercial
Cebinho, meu padrinho postiço!
Sentado, seu Flávio, veterano com muita história na bagagem!
Parte do grupo, ainda chegariam outros mais tarde
Nenhum comentário:
Postar um comentário